29 Jun 2017

Safari - Day 1

Despedimos-nos das metrópoles sulafricanas, mas não da África do Sul... até porque uma visita a esse país nunca será completa sem a experiência impressionante de um safari.

Por isso, saímos de Johannesburg e fomos para o Kruger Park, uma das maiores reservas da África, com cerca de 19.000 quilômetros quadrados e diversos Camps dentro dessa reserva, isto é, diversos hotéis onde o hóspede vivencia integralmente o ambiente selvagem.

Ficamos no Kapama Buffalo Camp, um dos hotéis do Kapama, cuja proposta é oferecer um serviço mais exclusivo. Nesse hotel, por exemplo, há apenas 10 tendas, recebendo no máximo 20 pessoas e não aceita crianças. Em resumo, perfeito para nossa lua de mel (vale citar que dentro do Kapama há outras opções de Camps como: Kapama Karula ou o Kapama River Lodge com family suites.

Ficamos no Lion Tent, uma tenda ao estilo "palafitas", mas com um indescritível conforto, bom gosto e sofisticação (pensando que estamos numa reserva selvagem). Além disso, o Kapama Buffalo Camp oferece pensão completa... na verdade é quase uma heresia chamar os banquetes servidos nesse hotel de pensão completa. São verdadeiras "orgias" gastronômicas, com pratos deliciosos, ótima variedade, sem falar dos vinhos e, no nosso caso, dos mimos de honeymoon.

Ficamos 3 dias completos e fizemos 6 safaris. Isso mesmo! São 2 safaris diários: um pela manhã e outro à tarde/noite.

Quando digo, pela manhã, realmente é bem cedo. Acordamos às 5:15h da manhã. Às 5:30h um "mini café" bem servido está a postos para nós. E às 6:00... partiu safari. 

Creio que algumas pessoas ficarão surpresas com esse fato, mas o frio nesse horário da manhã é tão forte que nos jeeps temos um poncho "estilo cobertor" e uma bolsa térmica com água quente. E, diga-se de passagem, os veículos para o safari são abertos, logo o vento deixa a sensação térmica ainda mais baixa... brrrrrr! Mas, o frio vai diminuindo à medida que as horas passam e sol vem forte... aí deixam-se as blusas, bolas térmicas e ponchos de lado, e surgem as camisetas, chapéus e protetor solar.

Na parte da manhã, o safari começas 6h e termina as 9h, quando então retornamos ao hotel, para aí sim, termos um verdadeiro, delicioso e variado café da manhã.

Por volta das 13h, o almoço! E mais uma vez fomos surpreendidos. Pratos deliciosos, bem temperados e ótima variedade.

Lá por volta das 16h, um refreshment preparatório para o safari da tarde. Iniciando às 16:30h, vai até às 19h. E aí, o efeito térmico é o contrário da manhã, obviamente. Se inicia com calor e se termina com um friozinho.

Os safaris são feitos nesses horários para que se possa acompanhar os hábitos matutinos e noturnos dos animais. Até porque durante o dia eles se escondem do sol, ficando mais dificil encontrá-los.

E, aqui cabe um comentário que pode ser óbvio para alguns. Não confundam um safari numa reserva como o Kruger/Kapama com uma visita ao zoológico, onde os animais estão lá catalogados e enjaulados esperando você chegar. No Kapama, os guias - na verdade chamados de Ranger (o motorista e mais experiente, no nosso caso chamava-se Collen) e o Tracker (quem auxilia o Ranger pelos caminhos, e conosco estava o Stanely) vão procurandos sinais dos animais - marcas de patas pelo caminho, moitas onde eles possam se esconder, rastros de possíveis presas, enfim, trata-se de uma verdadeira busca para que os turistas possam se deparar com os Big 5: Rinoceronte, Elefante, Leão, Búfalo e Leopardo. São assim chamados por serem os 5 mamíferos mais difíceis de serem caçados pelo homem.

E lá fomos nós à procura dos Big 5. E, já no primeiro dia encontramos alguns deles.

Vejam as primeiras imagens do nosso safari.

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The time has come for us to say goodbye from South African metropolis, but not yet from South Africa... as no visit to that country won´t be complete without the amazing experience of a safari.

We left Johannesburg and went to Kruger Park , one of the biggest game reserve in Africa with 19,000 square kilometres and camps for the guests to immerse themselves into the savage experience.

We stayed at Kapama Buffalo Camp, one of Kapama´s hotels, which aims to offer an exclusive service. In this hotel, for example, there are only 10 tents, receiving 20 people at the most and they do not accept children. In short, perfect to our honeymoon (it´s important to mention that Kapama offers other options of camps like Kapama Karula or Kapama River Lodge with family suites.

Our tent was Lion Tent, a tend built on wooden pile, but extremely cosy, well decorated and sophisticated (having in mind we are in a savage reserve). Besides, Kapama Buffalo Camp offers full board... in fact it´s a heresy to call those delicious food a full board only. They are "food orgy" with delicious plates, great variety, not to mention the wines, and in our case, the gifts of honeymoon of course.

We stayed 3 complete days and we did 6 safaris. That´s it! Two safaris each day: one in the morning and the other one at afternoon/night.

When I say in the morning I really mean it. We woke up at 5:15 am. At 5:30 a "mini breakfast" was there for us. At six o´clock there we go to the safari.

I believe that some people will be surprise by the fact that it´s really cold there, so cold that they offered us ponchos and a hot water bottle (with hot water of course). And, by the way, the cars are totally open so the real feel of the temperature is even colder... brrrrr! But, the cold decreases as the time goes by and the sun comes intense... then, we leave the jackets aside, hot water bottle and ponchos as well, and Tshirts, caps and sun block come up.

In the morning, the safari starts at 6am and finishes at 9am, when we return to the hotel to enjoy "the real" and delicious breakfast.

Around 1pm, the lunch! And once again we were amazed. Delicious dishes, well condimented and in a great variety.

Around 4pm, a refreshment pre afternoon safari. It starts at 4:30 pm and goes up to 7pm. Then, the temperature effect is the opposite from the morning safari, obviously. We have hot weather at the beginning finishing the safari with a little cold.

The safaris are prepared this way so we can follow the morning and night habits of the animals. During the day they hide themselves from the sun becoming more difficult to find them.

And just a comment which may obvious for some. Do not compare a safari in a game reserve like Kruger/Kapama to a visit in a Zoo, where all the animals are named and framed waiting for you to arrive and see them. At Kapama, the guides - called Ranger (the driver and more experient. In our case his name was Collen) and the Tracker (who helps the Ranger to find the trace of the animals and together was Stanely) look for trail, footprint, bushes where they can be hidden, prey, I mean it's a real search to show the tourists the Big 5: Rhino, Elephant, Lion, Buffalo and Leopard. Called like this as they are the 5 most difficult mammals to be hunt by man.

And there we went to find the Big 5. And, in our first safari we found some of them.

Take a look at the first images of our safari.



































Nada como um bom banho de lama ao fim do dia
Nothing as a mud bath at the end of the day








 





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18 Jun 2017

Johannesburg

Johannesburg é sinônimo de Nelson MandelaÉ incrível a "presença" do grande líder sulafricano em diversos pontos da cidade, como na Nelson Mandela Square, uma praça localizada em meio a um centro comercial e de restaurantes ou a Nelson Mandela Bridge.

Nelson Mandela foi um dos detentos de Robben Island que se tornou Presidente da África do Sul, assim como também aconteceu com Kglamea Motlanthe e Jacob Zuma.

E não poderia ser diferente. Em Johannesburg encontram-se os principais ícones relacionados a Nelson Mandela em si e ao terrível regime do Apartheid que esteve implantado na África do Sul de 1948 a 1994:

- Casas do Nelson Mandela - em Soweto e onde ele viveu seus últimos dias.
- Casa do Desmond Tutu - também em Soweto.
- Museu do Apartheid
- Hector Pieterson Memorial - em memória ao Levante de Soweto.


Eu não tinha muitas referências do Apartheid, entretanto essa viagem me instigou a conhecer mais sobre o tema e, assim como ocorre com a Segunda Guerra Mundial, o assunto prendeu a minha atenção.

Triste se envolver com o assunto, mas imprescindível entendê-lo.

Em Johannesburg contratamos um guia local chamado Ruben, um moçambicano que vive há mais de 10 anos em Johannesburg. Figura engraçada e que fez desse dia inteiro de tour, uma dia agradável.

Old Fort
Passamos pelo Old Fort Prison, uma prisão construída nos anos 1890 que também virou um forte para proteção contra a invasão Britânica. Muitos presos daquela época da invasão ali ficaram, entretanto passou a ser uma prisão tanto para criminosos comuns como prisioneiros políticos (com maior foco nesse último grupo após 1948 com a instalação do Apartheid).

Embora brancos e negros ficassem presos nessa instalação, o tratamento era diferente entre eles. Apenas como exemplo, os brancos recebiam duas refeições por dia, já os negros comiam três vezes por semana.

Como "ironia" do destino, hoje no local do Old Fort temos o Tribunal de Justiça, o qual teve algumas de suas paredes construídas com tijolos retirados das celas da antiga prisão.

Centro Comercial
Passamos pelo centro comercial de Joburg. Uma região moderna e dinâmica, típica das grandes capitais do mundo, onde encontram-se as sedes de bancos e de grandes mineradoras como BHP e Anglo American.

Última morada de Nelson Mandela
Fomos conhecer o bairro (e a casa em si) onde Mandela morou antes de seu falecimento.

Museu do Apartheid
Não poderia faltar uma visita ao Museu do Apartheid. Um daqueles pontos turísticos "carregados" de sensações, emoções, história e reflexões.
Já na entrada se busca referenciar ao regime do Apartheid. Na bilheteria, a atendente pergunta se você quer o ingresso de "branco" ou de "negro" e à entrada há dois portões em separado para cada um dos ingressos. 
A separação é "meramente ilustrativa" apenas ao passar pelo portão, mas traz em si um forte simbolismo de mais um daqueles momentos tristes e vergonhosos da história da humanidade.

E terminamos o dia visitando Soweto e suas mais fortes referências históricas: o memorial a Hector Pieterson, com a emblemática e histórica foto do estudante Mbuyisa Makhubo carregando Hector em seus braços após ter sido baleado no Levante de Soweto, manifestação de estudantes negros contra o Apartheid ocorrido em 1976 e fato decisivo para todas as pressões contra o regime segregacionista.
E também a casa onde nasceu Nelson Mandela e Desmond Tutu.

O jantar desse dia foi no Remos Libertà. Um restaurante italiano localizado na Praça Nelson Mandela e bem honesto na proposta. Ótima decoração, boa música, ótimas opções de vinho (embora falte o Pinotage) e a vista da praça Nelson Mandela.

O menu foi Macaroni com cream cheese, bacon e tomate e pizza prosciutto e rúcula com mussarela. 

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Johannesburg is a synonym of Nelson Mandela. It´s impressive the "presence" of the great South African leader in many different locations in the city, such as Nelson Mandela Square, a commercial and restaurants centre or Nelson Mandela Bridge.

Nelson Mandela was one of the Robben Island Prison inmates who became  President of South Africa, as it also happened to Kglamea Motlanthe and Jacob Zuma.

And it could not be different. In Johannesburg we may find the most important references about Nelson Mandela himself and about the terrible Apartheid regime which was in course in South Africa from 1948 to 1994:

Nelson Mandela Houses - in Soweto and where he lived his last days.
Desmond Tutu House - also in Soweto.
- Apartheid Museum
Hector Pieterson Memorial - Soweto uprising memorial.

I did not have many references on Apartheid, however this trip sparked my interest in knowing more about the theme and, as it also happens with The Second World War, this subject grabbed my attention.

It´s sad to go deep in this theme, but really important to understand it.

We decided to hire a local tour guide called Ruben, a Mozambican who has been living in Johannesburg for more than 10 years. Funny guy who made the whole day tour a very pleasant day.

Old Fort
We visited Old Fort Prison, a prison built in 1890´s which became a fort to protect the city against the British invasion. Many prisoners from the invasion period stayed there, nevertheless, it was transformed into a prison for common criminals as well as political prisoners (more focused on the latter after 1948 with Apartheid regime).

Important to mention that although black and whites were inmates in this prison, they´ve received different treatment. As an example, the whites used to receive two meals a day, however for the blacks it was three meals a week.

As one of those "irony", today the Old Fort is the Constitutional Court with some walls done with bricks removed from the old jail.

Commercial Centre
We visited Joburg Commercial Centre. A modern and dynamic region in the city, like the ones we find in many big cities in the world, and where we see Bank or Mining Companies headquarters such as BHP or Anglo American.

Nelson Mandela Last House
We visited the neighbourhood where the house in which Mandela lived before passing away.

Apartheid Museum
We could not miss visiting Apartheid Museum. One of those touristic points "full" of emotions, history and reflections.
Since at the entrance they intend to show reference of Apartheid regime. At the ticket office, the attendant ask which "colour" ticket we want: for the "white" or "black" and the gates is also separated for each of the tickets.
This separation is just illustrative, but it carries a strong symbolic effect of one of those saddest and shameful moments in history.

And that day was finished visiting Soweto and the most important historical references: Hector Pieterson memorial with the emblematic photograph of Mbuyisa Makhubo the student carrying Hector in his arms after being shot during Soweto Uprising in 1976.
And also Nelson Mandela childhood house and Desmond Tutu´s.

The dinner was at Remos Libertà. An Italian restaurant at Nelson Mandela Square with a fair approach and price. Great decoration, good music, good wine options (although it was missing Pinotage) and the view of Nelson Mandela Square at night.

The menu was Macaroni with cream cheese, bacon and tomato and pizza prosciutto and arugula with cheese.


Mandela gigante na Praça Nelson Mandela
Giant Mandela at Nelson Mandela Square

Old Fort







A última casa de Nelson Mandela
The last house of Nelson Mandela


Museu do Apartheid
Apartheid Museum





Hector Pieterson Memorial

 

Estádio da final da Copa 2010
Stadium of World Cup 2010 final

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